terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Noite


Observo-te!... Teu campo, teu domínio

Tua grandeza, tua proporção
Causa em mim, um tal fascínio
Que me entrego à contemplação...

Um oceano negro, salpicado
Reluzindo um brilho desigual
Em cada ponto teu, que é prateado
Há uma incerteza natural

Envolve a Terra com simplicidade
Interfere no comando da razão
Negas ao mundo tua claridade
Pois teu segredo, habita a escuridão

Os astros, súditos de teu reinado
São carícias, em teu revolto manto
Inspiram mistérios velados
Que chagam a causar-me espanto...

Sugere sempre o desconhecido
Incita toda a sensibilidade
Dominas o rumo de quem foi vencido
Pela fraqueza da curiosidade...

Causa-me inquietação
Quase um medo de te conhecer
Receio tua força, tua solidão
Quando te afastas ao amanhecer...

Céu... Infinito... Paraíso!
Quem sabe o que és realmente
Permaneces num ato conciso
Acolhendo este planeta incoerente...

Meus olhos brilham ao observar-te
Porto de almas infantis!
Meu coração deseja revelar-te
O quanto na verdade, me fazes feliz...

Cill

2 comentários:

  1. Eu sou muito mais Lua,o Sol que não saiba disso.
    Mas quem já teve a oportunidade(sublime,digamos) de acompanhar o acordar e dormir da Luz,assim,na praia...ah...a Lua,tão linda,tão única e fugaz.

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  2. Belo!
    o simples e natural = natueza, nos reveste de tal esplendor...e somos felizes ao enxergar.
    bjs no coração

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