quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lembranças Clareadas





     Msabelarcos sentou na areia da praia como há muito anos vinha fazendo naquela hora do dia, no pôr do sol e o aparecimento gradual das estrelas. Ele sentia falta. Na verdade era mais saudade. Entretanto, era saudade de algo que ele não sabia, saudades de alguém que ele não lembrava. Desde o momento no qual começou a se sentir assim ele passou a ir à praia por ficar mais confortável ali, por ter a impressão de compreender melhor essa sensação, para ele, esquisita.

      Lá, então, estava agora deitado na areia, fechando os olhos e sentindo. Só sentindo o barulho do mar, do vento batendo no seu rosto... Dessa vez ele sentia como sua mente finalmente começava a clarear mais, ele percebia que sua saudade era de uma mulher. Uma linda mulher, cabelos loiros, olhos brilhantes e um belo sorriso, Marcos jurava que ela estava ali, com ele, sentada ao seu lado, passando a mão em seus cabelos. Seu sentimento, simples e natural, de Amor.

       Os dois ficaram um bom tempo ali, parados, olhando um ao outro, se entendendo pelo olhar e pelo coração. No caminho para casa, Marcos tinha certeza, eles se encontrariam de novo, em outro lugar, e ele iria espera-la. 

domingo, 22 de abril de 2012

Aprendendo a Seguir o Coração - Cap. VIII

         Finalmente chegamos ao último capítulo dessa história, sinceramente espero que tenham gostado de tudo. É só clicar aonde está escrito: primeiro capítulosegundo capítuloterceiro capítulo, quarto capítuloquinto capítulosexto capítulo e sétimo capítulo para acessar um deles ou clicar no marcador abaixo da postagem, onde está escrito "Aprendendo a Seguir o Coração", para encontrar todas as partes do conto as quais já foram publicadas.


Divirtam-se!


Capítulo VIII

      Louis estava se sentindo melhor a noite, se levantou e foi em busca de Sophia, porque tinha a sensação de que seu irmão já havia partido. Quando chegou perto da porta dos aposentos da rainha, viu Chris, um dos demais Lords, sair do quarto. Cumprimentaram-se e Chris perguntou se o amigo já estava melhor, além de dizer que era um ótimo momento para conversa com Sophia. Ela dizia estar meio indisposta e resolveria tudo, naquele dia, em seu quarto, mas nenhum Lord entendia o porquê. Daniel fazia um ótimo serviço, como sempre. Louis, então, entrou no aposento, fechando bem a porta atrás dele.


        Sophia estava na varanda olhando o bendito jardim, ela adorava, igual ao Lord, tentar resolver seus problemas com a ajuda das flores e das plantas. Não parecia estar indisposta, fazendo seu amigo rir ao pensar sobre isso. Tudo parecia estar dando certo. Chegou perto da rainha e pós a mão no seu ombro.

- Está se sentindo melhor, meu grande amigo?- ela estava sorrindo – Amanhã vou pedir um favor a ti, mesmo eu já te devendo tantos pedidos. Algo me diz que será necessário você visitar o seu irmão.

- Sem problemas, senhora. Você nunca pediu demais, apesar de pensar assim. Pelo visto você e Niall andaram se resolvendo no final das contas, isso era tudo o que eu precisava. Agora, se me dá licença, preciso cumprir certas atividades, mas qualquer coisa é só me chamar, porque não sairei do palácio hoje. Só amanhã, não é mesmo?

      Louis saiu do quarto sorrindo, finalmente as pessoas, as quais ele tanto ama, seriam felizes. Só faltava algum plano, mas ele ajudaria em tudo que fosse possível. Pegou e entrou no seu quarto se sentindo mais leve agora, seu quarto era bem simples, do modo o qual ele gostava, paredes brancas e piso de madeira, uma cama de solteiro, um criado mudo, armário e uma janela que dava para o jardim eram tudo que ele necessitava, o resto ele considerava exagero. Sua cama estava arrumada, com cara de fofinha e quentinha, tendo uma colcha azul, os lençóis e as fronhas brancos, tudo da maior qualidade. Louis dormiu bem e profundamente como há anos não dormia, acordou bem cedo, se arrumou, deu um “oi” a rainha e seguiu em direção onde seu irmão estaria.

      Niall acordou com Joseph batendo na porta e avisando que tinha uma visita. O aposento era uma suíte bem pequena e rústica, tendo somente o essencial, uma cama de solteiro, uma janela de madeira e no banheiro uma banheira, uma pia e o vaso.  O jovem se arrumou em segundos, lavou o rosto rapidamente, já suspeitando quem o esperava, desceu as escadas e viu seu irmão sentado na mesa ao lado de fora vendo o sol que tinha acabado de nascer.

- Já sei o que veio fazer aqui, meu irmão, e devo avisar que já tenho um plano. – Niall falou isso enquanto sentava a mesa, aproveitou e pediu um desjejum para Joseph. – Não se assuste, mas vai ser meio complicado. Penso em forjar a morte de Sophia, ela se casa com aquele rei o qual vocês considerem mais nobre e no dia seguinte fingimos a morte dela... Será que dá para arranjar o casamento o mais cedo possível? E será que os Lords e o próprio chefe da guarda nos ajudam?

         Louis afirmou com a cabeça e os dois naquela mesma manhã já começaram a se prepararem, um mês depois a Sophia já tinha um pretendente por culpa de uma mentira, criada pelos dois, de que a rainha estava com uma doença problemática, bem avançada, e talvez ela não durasse muito mais tempo. Louis lutou para convencer os parlamentares de que um príncipe de um reino mais ao sul, conhecido por sua boa administração, honestidade e querido por todos, era o mais vantajoso para o Reino e , mesmo assim, o Lord precisou subornar alguns. Enquanto isso, Niall e a rainha se encontravam as escondidas quase todos os dias, com o apoio dos Lords e do chefe da guarda.

       Mais um mês se passou e Sophia se casou, já que a rainha estava muito “mal” de saúde, graças a uns remédios os quais Joseph deu e aos boatos criados pelos guardas e Lords para ninguém desconfiar de nada, o casório foi preparado o mais depressa possível. O casamento foi luxuoso, adequado a um casamento real. Como o futuro rei já sabia a algum tempo da condição de sua mulher permitiu que ela, naquela noite, dormisse em quartos separados, para não contagia-lo ou coisa parecida.

         Os Lords tinham planejado tudo para aquela mesma noite. A rainha estava já muito pálida e fraca por culpa de suas medicações e precisava de alguns Lords a acompanhando em sua fuga. Os outros ficaram realizando os últimos detalhes na “morte” da rainha, tendo já arranjado um corpo de uma jovem parecida o suficiente com Sophia para aqueles que não a conheciam direito.

      Daniel indicou as melhores passagens secretas para a rainha sair do castelo e Louis trouxe roupas dignas de uma camponesa de forma que, quem a visse, não a reconhecesse. Quando ela e Louis saíram do palácio, Niall já estava os esperando com uma carroça. Sophia e ele se beijaram, estavam livres, enfim, para ficarem juntos, um ao lado do outro para sempre, viveriam em outro lugar, é claro, mas o que realmente importava era eles terem um ao outro. Louis os abraçou na hora da despedida, e ajudou, junto ao seu irmão, a rainha subir na carroça. Eles partiram, enquanto o Lord voltava no castelo pensando como sentiria saudades e desejando sorte aos dois.

          O rei ficou desolado com a notícia, a doença realmente deveria ser muito grave, além disso, havia o temor de o mal ser contagioso, por tal motivo ele pediu que Louis tomasse as providencias para o enterro real. O povo lamentou muito a morte de sua amada rainha, agradecendo que no meio de toda esta tragédia a sorte de ter um novo Rei tão bom. O rei, Louis e os demais Lords conduziram Cesaris para uma Era de prosperidade e paz.

         Nas bordas ocidentais do Reino um casal de camponeses ficou entristecido e alegre pela morte da rainha, pouco tempo depois eles se casaram e ali viveram para sempre. Entretanto de tempos uma carruagem real ia visitar o casal, mas isso não causava estranheza afinal eram parentes distantes de um Lord do reino...

FIM


terça-feira, 17 de abril de 2012

Mitologia: Áries

21 de março a 20 de abril

Em Iolco, o rei Éson foi destronado pelo irmão Pélias. Para não perder o trono que acabara de ganhar, ele manda matar o sobrinho Jasão. Sabendo que a criança não sobreviveria muito tempo, Pélias manda Jasão para o exílio sob os cuidados do centauro Quirão.
Aos vinte anos, depois de ser treinado e educado pelo centauro, Jasão volta a Iolco para tomar o trono que era seu por direto. Ele chega em Iolco vestindo uma pele de pantera e calçando apenas uma sandália, pois a outra se perdeu no rio. Pélias sabia então do perigo, pois um oraculo o havia avisado sobre a ameaça de um estranho de um pé descalço. Pélias diz que daria o trono ao sobrinho se ele fizesse uma tarefa que julgava impossível: pegar o Velocino de Ouro que estava na posse de rei Eetes.
O Velocino era um tesouro inigualável, uma preciosidade. Ele fora retirado de um carneiro dourado que corria, nadava e voava como ninguém. Esse carneiro foi oferecido a Hermes para que ele ajudasse a salvar duas crianças, Frixo e Hele, da ira da madrasta, mas só Hele ficou a salvo e como agradecimento aos deuses ele sacrificou o carneiro e deu sua pele a Eetes como pagamento pelo abrigo.
Jasão aceita o acordo e navega até Cólquia no navio Argo acompanho de vários outros heróis e semideuses como Hércules, Pólux e Castor. Quando os Argonautas chegam a Cólquia, Eetes diz que daria o Velocino a Jasão se ele cumprisse duas tarefas: arar a terra usando dois touros de narinas fumegantes e cascos de ferro e semear os dentes do dragão de Cadmo, dos quais nasceriam gigantes que Jasão deveria derrotar, e tinha que fazer tudo em apenas um dia.
Para realizar as tarefas Jasão teve a ajuda da filha de Eetes, Medéia, uma feiticeira que falava para Jasão o que ele deveria fazer, além de estar perdidamente apaixonada pelo herói. Eetes não acredita que Jasão foi capaz de realizar tais tarefas e se recusa a dar o Velocino, mas Médeia novamente ajuda Jasão e rouba o Velocino fazendo com que o dragão que o protegia adormecesse.
Eles fogem da ilha de Cólquia abordo do Argo e como honra ao feito de Jasão o carneiro dourado foi eternizado na constelação de Áries.

domingo, 15 de abril de 2012

Aprendendo a Seguir o Coração - Cap. VII

         Aqui vai a penúltima parte dessa história. É só clicar aonde está escrito: primeiro capítulosegundo capítuloterceiro capítulo, quarto capítuloquinto capítulo e sexto capítulo para acessar um deles ou clicar no marcador abaixo da postagem, onde está escrito "Aprendendo a Seguir o Coração", para encontrar todas as partes do conto as quais já foram publicadas.


Divirtam-se!


Capítulo VII


- Eu te amo, sempre te amei e sempre te amarei, minha pequena Sophia. Tudo que fiz tem explicação. Eu nunca poderia ser Lord amando você tanto, eu não quero ser seu amigo fiel para todas as horas, eu queria e quero ser seu marido, companheiro, para o resto de nossas vidas. Eu não aguentaria te ver com outro. Também não tinha a coragem de te falar isso naquele momento, eu a via como uma rainha, enquanto eu só sou eu.– Niall deu um passo na direção da rainha.

        “Voltei justamente porque descobri nunca desistiria de você. Eu não queria voltar, a não ser quando eu tivesse um plano para fazer você ficar comigo, por mais que eu fosse um cara comum, mas... mas, ao mesmo tempo, fiquei com temor de você se casasse se eu não viesse para Cerasis logo. No fim, admito, voltei sem plano nenhum, inseguro e participando de todas as manifestações... E onde fiquei? Fiquei num casa de um camponês do reino vizinho, ajudando ele na lavoura. E agora te vendo de novo, e eu tendo amadurecido, percebo que nada disso realmente importava para meu coração. Ele te queria e te quer: simples assim. – ele deu mais um passo em direção a rainha, sempre olhando nos olhos dela.”

       “Mas é seu direito ficar com raiva de mim, querida. No fim, eu descumpri uma promessa muito importante para ti, não foi? Mas eu sabia que você tinha força suficiente para governar todo esse povo, mesmo sozinha, você tinha toda uma força a qual nunca lhe abandonou. Você teve sempre mais capacidades do que imagina ou imaginava. Respondi todas as suas questões? Eu ainda tenho aquela pergunta...”

         Um sorriso apareceu mais uma vez em sua face, estava cada vez mais próximo de Sophia, nunca desviando o olhar. Ela estava lutando com seus sentimentos, não sabia o que fazer pela primeira vez, era uma rainha e não deveria estar com um rapaz, que não era Lord, sozinha em seu quarto. Não sabia se entregava logo ao jovem todos os anos que sentiu saudades e preocupações por ele. Aquilo era novo para ela. Acreditava em tudo o qual foi dito, porém não sabia o que fazer com tudo isso. Bem, nesse caso, chegou a conclusão em fazer o mais simples: responder a questão dele.

- Eu te amo, sempre. – sentiu uma leve tontura ao falar isso, e quando pensou em se sentar, Niall já estava próximo o suficiente e segurou a sua mão, impedindo-a de se apoiar na cama. Momento de silêncio. Como ele estava alto... Antes ele era mais baixinho que Sophia, mas agora estava uns 20 centímetros mais alto. Estava mais forte também, e seus olhos continuavam a encanta-la.

          Niall agora estava sério e olhava a jovem nos olhos. Ela não tinha mudado quase nada, a não ser ter ficado mais bela, e seus olhos... Ele sentia muito por te-la feito sofrer por tanto tempo assim, para piorar, por culpa dele, por não ter tido nenhum plano para liberta-la de tantas regras daquele governo. Sentiu também o corpo dela fraquejando, como estivesse se livrando das resistências que lhe restavam ao se aproximar do corpo de Niall. Ele não suportava mais, foi chegando mais perto da boca de Sophia, ela foi fechando os olhos lentamente junto com os do jovem. Por fim, um lábio se encontrou com o outro e eles se beijaram, os dois compartilharam, naquela hora, a melhor sensação possível, tão fantástica que foi indescritível. Finalmente, estavam juntos.

- Desculpe – Niall foi o primeiro a se despertar de tudo aquilo, mas, apesar de estar preocupado, sorria. – Eu não resisti. Tenho que ir. Daqui a pouco podem perceber que você está sozinha comigo, no seu quarto. Não posso lhe causar tantos problemas quanto te causei. Mas nunca se esqueça, eu te amo!

          Assim, ele saiu do quarto da forma mais discreta possível, chamou Daniel. Ninguém melhor do que o chefe da guarda para indicar o caminho mais discreto para sair do palácio. Era necessário evitar qualquer comentário sobre o revolucionário e a rainha, e ao pensar nisso, Niall teve uma ideia. Ia ser complicado, mas era possível... Ia ser necessário a ajuda de algumas pessoas de confiança para elaborar o plano, e poderia discutir isso com Louis quando esse o fosse visitar. Precisaria da ajuda de Daniel, dos 12 Lords e, talvez até de Joseph. Sim, ele iria trabalhar agora, o que ajudava, querendo ele ou não, a refletir melhor. O seu coração, porém, não parava de dizer ao jovem que tudo ia dar certo.

domingo, 8 de abril de 2012

Aprendendo a Seguir o Coração - Cap. VI

         Aqui vai a sexta parte dessa história. É só clicar aonde está escrito: primeiro capítulosegundo capítuloterceiro capítulo, quarto capítulo e quinto capítulo para acessar um deles ou clicar no marcador abaixo da postagem, onde está escrito "Aprendendo a Seguir o Coração", para encontrar todas as partes do conto as quais já foram publicadas.
Divirtam-se!


Capítulo VI


- Pensei que você fugiria desse palácio a qualquer custo... Fico feliz que você tenha vindo, mas eu queria que você estivesse com outra pessoa. Eu não tenho mais forças para resolver tudo por vocês, meu caro. Mas... aproveitando que você está aqui, vamos conversar. Tive muita sorte de quem me achou foi um guarda muito amigo meu, a ponto de jurar não contar para ninguém a condição a qual fui encontrado no jardim. Quem diria que eu seria capaz de desmaiar, depois de eu tanto evitar demostrar minha fraqueza.

     “Niall, você e Sophia precisam arranjar um modo de ficarem juntos... Mesmo que seja necessário haver um escândalo para isso. Vocês se amam, por mais que evitem um ao outro nesse momento. Parem de fugir de seus problemas, agora já é hora de enfrenta-lo e a primeira coisa que precisam fazer é conversarem, do mesmo jeito o qual conversavam antes. Ela te ama Niall, e ela já sofreu demais... Eu sempre estive ao seu lado Niall e respeitei suas escolhas, mas vê se não vá fazer besteira dessa vez.”

    “Consegui, até o momento, manter todos os pretendentes, escolhidos a dedos pelos parlamentares, e a obrigação de casamento longe da rainha, mas a lei é clara, aos 21 anos ela terá que se casar com aquele o qual foi selecionado e escolhido pelos parlamentares. É a sua obrigação arranjar um modo dela não passar por isso. Você sabe o que acontece com rainhas que são autônomas e inteligentes como Sophia, escolhem o pretendente melhor para restringi-las e destruírem sua independência. É sua tarefa impedir isso agora. O poder de um Lord tem suas restrições, mas não de um revolucionário e amante da rainha. Lute por ela, haja como um homem. Defenda ela igual ao modo que ela lhe defende por cada manifestação e confusão que você faz.”

        “Estou lhe pedindo uma coisa a qual sei que você deseja, mas não tem coragem. Vá e fale com ela meu irmão, e não vou aguentar mais ver vocês dois sofrendo e ficando longe um do outro. Está na hora de vocês deixarem a situação clara do mesmo jeito que deixaram para mim. Escuta! Você e ela precisam, pelo menos, tentar ficar juntos e bolarem um plano para isso. Agora vá! Vá e fale com ela! Eu estou muito cansado, preciso dormi mais. E... e peça desculpa a ela, pelo trabalho que estou dando.”

       Assim que terminou a frase, Louis virou de costas para Niall e fechou os olhos, continuava muito cansado e pálido, realmente precisava ficar de repouso por mais tempo. O irmão mais velho chegou perto e deu um beijo na testa do Lord antes de se arrumar para sair do quarto. Estava pensativo sobre tudo o que seu irmão havia falado e sabia, no fundo de seu coração: tudo estava certo. Ele amava mais do que tudo aquela menina, desde criança sabia como ela era diferente dos demais. Ele tinha certeza de que Louis já tinha feito tudo o que podia, era a vez dele entrar em cena. Saindo do quarto percebeu que a rainha continuava o esperando, seu coração começou a bater rápido e percebeu que a fala do Lord também tinha tido o papel de ter deixado o seu coração o mais livre possível para amar Sophia. A conversa tinha sido essencial para tirar toda a culpa das costas de Niall, além dele ter saído com mais coragem de enfrentar o seu destino e a procura da resolução de todos os problemas os quais estava passando.

         Sophia estava distraída olhando para o vazio. Ela não conseguia parar de pensar no que os dois estavam falando no quarto e como ela não conseguia se livrar do amor que sentia por Niall. A cena do quarto tinha abalado suas estruturas e por um momento teve a vontade de nunca ter sido princesa e muito menos rainha. Tinha medo do seu futuro, pois não via como ficar com o homem a quem amava, isso se ele quisesse ela. Quando ouviu Niall a chamando, levou um susto, percebeu então que tinha se perdido nos próprios pensamentos.

          Niall pediu para conservarem a sós só mais um pouco com a desculpa de ter sido o pedido de seu irmão, assim ela não poderia fugir de tudo aquilo. Os dois sabiam como os pedidos de Louis eram sábios. No fim, os dois voltaram para o quarto da rainha, mesmo ela ficando corada ao perceber que de novo estava sozinha com o amor de sua vida. A moça não deixou de notar como o jovem estava diferente dos últimos minutos antes de ter entrado no quarto de Louis, parecia mais seguro, mais tranquilo, e o seu sorriso mágico e travesso já estava aparecendo. Ele virou e olhou diretamente para Sophia e o coração dela começou a bater bem mais forte, além de ficar com um pouco de falta de ar. Niall, então mexeu um pouco nos cabelos, mostrando melhor seu rosto, seus olhos e seu sorriso.

- Você me ama Sophia? – ele aproximou mais e a rainha sentiu o seu corpo fraquejar um pouco diante de Niall. – Vamos, eu não vou morrer se você disser que não... Mas é que o meu irmão, o seu Lord, insiste que você está escondendo certas emoções de mim– os olhos dele realmente brilhavam e seu sorriso era perfeito.

- Eu... eu... Por-por-por que você não respon-responde primeiro essa per-per- pergunta. – ela estava gaga, ela não sabia o que fazer. Suas bochechas estavam coradas de vergonha, mas no final Sophia recuperou sua força- Me diga, porque não fui eu que neguei a promessa por mim feita. Não fui eu quem fugiu do Reino. Não. Você tem que responder primeiro. Você que me abandonou, Niall! Você me ama? Você me amava? Desde quando? Você me deve uma explicação! Droga! – As últimas palavras já estavam virando gritos de raiva. De onde isso vinha? Ela não fazia ideia...

domingo, 1 de abril de 2012

Aprendendo a Seguir o Coração - Cap. V

              Aqui vai a quinta parte dessa história.É só clicar aonde está escrito: primeiro capítulosegundo capítuloterceiro capítulo e quarto capítulo para acessar um deles ou clicar no marcador abaixo da postagem, onde está escrito "Aprendendo a Seguir o Coração", para encontrar todas as partes do conto as quais já foram publicadas.
Divirtam-se!



Capítulo V

Pelas 5 horas da manhã Sophia estava de pé e 15 minutos mais tarde veio o próprio Daniel trazendo o Niall. O chefe de guarda disse que considerou mais discreto ele mesmo fazer a tarefa ordenada, para não espalhar nenhum boato. Ela agradeceu com um sorriso e Daniel deixou os antigos amigos de infância a sós, sem antes garantir de que ninguém iria saber desse fato, afinal ele tinha horror a comentários maldosos.
           
         O quarto o qual estavam era o de Sophia, desde sua infância, ela poderia ter se mudado de aposento, porém as memórias queridas estavam naquele onde ela cresceu, e ali decidiu ficar. Ele era muito iluminado, as paredes eram brancas com detalhes em dourado no encontro do teto com as paredes, a cima tinha desenhos de anjos tocando flautas. Também havia uma cama de casal alta e bem grande coberta por uma colcha branca feita a mão, provavelmente fora presente de um representante de outro reino e parecia ser caro. Fora isso, havia uma penteadeira, um armário feitos de madeira e uma varanda enorme que dava para o grande jardim do palácio com uma cerca branca a enolvendo.  Um silêncio assustador se espalhou pelo quarto. Os dois não tinham nem coragem de se olhar, mas os corações dos dois batiam de forma acelerada, como estivessem tentando gritar e quebrar aquele silêncio.

- Há quanto tempo, né? Eu te devo desculpas majestade. – Niall fez reverência – Eu... eu ouvi dizer que meu irmão não está bem, e Sr. Daniel me avisou do pedido dele... Enfim...

- Nunca mais faça uma reverência a mim Niall, nunca mais me chame de majestade. Está me ouvindo? Isso é cruel de sua parte. Isso é um crime a nossa... a nossa... amizade, se é que podemos chamar disso. Você quer ver seu irmão? Eu ainda não o vi hoje, por culpa do horário e por ele estar tão cansado ontem... – a rainha sentou na cama- Para falar a verdade, temo que a culpa foi minha. Eu de alguma forma o fiz sentir obrigado a compartilhar coisas a qual ele não queria, mas não era essa a minha intenção. Acho que venho jogando muitas coisas em cima dele desde o dia que... enfim...  – ela passou a mão nos cabelos olhando para a varanda, a qual ficava do lado oposto da porta do aposento.  Niall sentiu um aperto em seu coração. Não, não era um aperto, era dor, dor por imaginar todo o sofrimento que talvez tivesse trazido a sua amada.

- Sophia, me perdoe por coisas que nem eu consigo me perdoar – Niall tentava combater contra as lágrimas que vinham surgindo em seu rosto, virou de costas e caminhou até a porta – Vamos, me mostre onde está meu irmão...

- Niall, espere... – ela se levantou e tento segura-lo na mão, mas tropeçou, ele pressentindo o movimento se virou conseguindo segura-la a tempo. Com isso, os dois ficaram cara a cara e coraram de vergonha. Ele não conseguia respirar... Como ela era linda, era perfeita. Como ele amava aquela menina crescida, ele não conseguia desvia o olhar dela. Niall sentiu ela corar cada vez mais e sentiu ela fraquejar em seus braços e soube: Sophia estava quase chorando. – Niall... Não tenho o que perdoar... No fim, sei que você fez o que achava certo. Niall... Só te peço uma coisa... Nunca me trate como rainha de novo... Mesmo... mesmo você... mesmo você não... mesmo você não gostando mais de mim.

- Venha, vou te levar até se irmão – Sophia se ajeitou e passou na frente de seu amado, ela não queria que ele a visse chorando, não queria que ele sentisse nenhum tipo de pena dela.
            
           Chegaram ao quarto de Louis rapidamente, a rainha não quis entrar, achou justo o irmão entrar e ver o Lord antes dela. Querendo ou não ela ainda estava cumprindo um pedido muito especial. Somente indicou a porta e disse que esperaria do lado de fora. Niall, por fim, entrou no quarto e fechou a porta. O quarto ainda estava escuro, mas parecia ser enorme, a cama era de casal, e as janelas estavam cobertas por cortinas pesadas de veludo azul escuro.

 Lá estava seu irmão dormindo. Parecia pálido ainda, apesar de, segundos os guardas, ele estar bem melhor do que quando foi encontrado. Ao aproximar da cama, Louis abriu os olhos, mostrando todo o seu cansaço de uma vez só, mas logo depois mostrando o seu sorriso. Niall não conseguiu deixar de sorrir ao ver isso. O seu irmão nunca ficara daquele modo, e quando ficava doente odiava demostra sua fraqueza e ser cuidado, era capaz dele até mesmo fazer trabalhos mais pesados só para mostra que estava bem. Entretanto, dessa vez ele parecia fraco demais para lutar contra seu próprio organismo, o corpo dele estava convencido a descansar.