M arcos sentou na areia da praia
como há muito anos vinha fazendo naquela hora do dia, no pôr do sol e o
aparecimento gradual das estrelas. Ele sentia falta. Na verdade era mais
saudade. Entretanto, era saudade de algo que ele não sabia, saudades de alguém
que ele não lembrava. Desde o momento no qual começou a se sentir assim ele passou
a ir à praia por ficar mais confortável ali, por ter a impressão de compreender
melhor essa sensação, para ele, esquisita.
Lá,
então, estava agora deitado na areia, fechando os olhos e sentindo. Só sentindo
o barulho do mar, do vento batendo no seu rosto... Dessa vez ele sentia como
sua mente finalmente começava a clarear mais, ele percebia que sua saudade era
de uma mulher. Uma linda mulher, cabelos loiros, olhos brilhantes e um belo
sorriso, Marcos jurava que ela estava ali, com ele, sentada ao seu lado,
passando a mão em seus cabelos. Seu sentimento, simples e natural, de Amor.
Os
dois ficaram um bom tempo ali, parados, olhando um ao outro, se entendendo pelo
olhar e pelo coração. No caminho para casa, Marcos tinha certeza, eles se
encontrariam de novo, em outro lugar, e ele iria espera-la.
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