Era uma vez, na Grécia antiga, uma jovem muito bonita chamada Alana, que era devota a deusa Ártemis, deusa da
caça. Por ser uma seguidora da deusa, Alana prometeu aos deuses que nunca se
envolveria com nenhum homem, nem se apaixonaria, assim como Ártemis.
Em
um belo dia, enquanto estava caçando, Alana ouviu uma música vindo por entre as
árvores. Foi seguindo o som até chegar em uma clareira. Bem no centro havia uma
grande pedra e em cima desta estava o homem mais bonito que Alana já vira em
toda vida. Ele estava sentado enquanto tocava flauta e Alana percebeu que
várias ninfas estavam dançando ali perto ao belo som da música do jovem. Seguindo
os ensinamentos da deusa Ártemis, Alana foi embora e resolveu esquecer o rapaz
da clareira.
Na
manhã seguinte Alana voltou à floresta. Deu a si mesma a desculpa de que
deveria caçar na área perto da clareira, apenas para variar um pouco. Assim que
chegou perto da clareira ela começou a ouvir o som da flauta e um sorriso
surgiu em seu rosto. Em que ela estava pensando?! Não podia ficar pensando
nele...estava fora de seus princípios! Mas ela não conseguiu se conter e foi
novamente até a clareira onde estava o rapaz.
Lá
estava ele, cercado por ninfas e sátiros que ficavam dançando e rodopiando.
Seus olhos eram de um verde que pareciam com as árvores à sua volta e os
cabelos eram negros e cacheados. Alana estava ali, encostada em uma árvore
quando de repente o jovem olha diretamente para ela e sorri. Alana fica
atordoada, tremula e sem conseguir respirar direito. Ele a viu!!
Ele
desceu da pedra e foi em sua direção. Alana queria correr, mas seus pés
pareciam que criaram raízes ali. Ele chegou bem perto dela, passou a mão em
seus cabelos, olhou no fundo de seus olhos e disse:
- Finalmente te encontrei. – disse ele,
com um imenso sorriso. – Me chamo Erasmo e sei que se chamas Alana, o meu
grande amor. Também sei que você é uma grande seguidora de Ártemis.
Ao
dizer aquilo, o sorriso de Erasmo sumiu um pouco. Alana não sabia o que fazer.
Acabara de encontrar o amor de sua vida, mas a sua devoção a deusa Ártemis a
proibia de amá-lo.
De repente, uma luz muito forte
descendo do céu apareceu no meio da clareira e então uma mulher muito bonita
estava ali, ao lado da grande pedra. Ao seu lado estava um cervo e ela
carregava um arco nas costas. Alana logo percebeu que era a própria Ártemis que
veio falar com ela.
- Esperei por você por toda minha vida,
-Erasmo segurou sua mão- posso esperar por mais uns instantes!
Alana foi ao encontro de Ártemis.
Quanto mais se aproximava, mais sentia a força e o poder da deusa que parecia
brilhar no meio da clareira.
- Alana, minha querida!
-Minha Senhora! – Alana fez uma
reverencia – Me desculpe, não consegui seguir seus passos! Acabei por me
apaixonar e não sei o que fazer!
- Minha querida, eu mesma já me
apaixonei! Não foram minhas melhores experiências, mas deixo essa escolha em
suas mãos.
Alana olhou de Ártemis para Erasmo e
voltou a olhar para Ártemis.
- Obrigada por tudo, minha senhora, mas
sinto que essa é a escolha certa.
Ártemis olhou para Erasmo e disse:
- É...é uma ótima escolha! - E do mesmo
jeito que apareceu, Ártemis sumiu.
Alana e Erasmo tiveram um lindo casamento
no meio da floresta. As famílias dos noivos estavam alegres e se divertindo
muito. Ninfas e sátiros também compareceram no casamento e Alana pode jurar que
viu uma bela mulher carregando um arco e com uma áurea meio brilhante andando
entre os convidados.
Bucólico e interessante. Tem potencial, mas acho que podia se deter em uma ambientação mais detalhada, ajuda a criar um clima. Talvez fosse interessante também tentar tornar Ártemis mais alegórica, mais isso também depende da proposta. Bom texto num geral, parabéns.
ResponderExcluirMitos que nos prende a leitura,aprecio muito os mitos, esta história de amor dentro do panteão dos Deuses, não podia ser diferente. Adorei, e já estou seguindo.
ResponderExcluirFelicidades.
Obrigada Luiz pela sugestão.
ResponderExcluirAbraços
Olá Fenix27,
ResponderExcluirMuito obrigada, ficamos felizes de você tenha gostado!
Abraços
Muito boa a história, mas um pouco irrealista. Ártemis jamais permitiria uma de suas a deixar por uma homem, quanto mais Ela dizer que é uma boa escolha.
ResponderExcluirCada interpretação é de opnião individual, mas isso não quer dizer que os deuses não possam relembrar suas próprias vivencias e, por um momento, desejar voltar e muda-las. Ártemis já se apaixonou (há mitos sobre esse fato), sendo possível sim, ao sentir um verdadeiro amor deixar a sua seguidora abandona-la...
ExcluirDepende só da interpretação, algo que os mitos sempre foram marcados: várias interpretações
Beijos
Estou adorando o blogue!
ResponderExcluirAmei ❣️
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