sábado, 22 de outubro de 2011

Um sonho quase impossível



Numa vila chamada Sundar existia um jovem camponês magro, cabelos negros e ondulados com olhos castanhos que mostravam um brilho incomum, o nome dele era Lanru. Ele nunca soube quem era sua família verdadeira e desde criança trabalhava para um velhinho, Nalue, o qual tratava como filho. Mesmo sendo cuidado com tal carinho, o moço era humilde e sua bondade se destacava em toda a pequena vila, além de sempre estar retribuindo o velho homem com toda a assistência que podia lhe dar.
Entretanto, conforme o tempo, Lanru foi se sentindo solitário e sentindo a falta de uma companheira. Numa manhã, indo buscar água no rio o qual passava por perto da casa de Nalue, o jovem viu uma dama, mas não era qualquer uma. Ela parecia ser, não só surpreendente bela por fora, quanto por dentro. A mulher estava sentada olhando para o rio correr com grande paciência e calma, porém, quando ele viu seus olhos, percebeu que chorava. No susto, deu um passo para trás e caiu fazendo um grande barulho, e a bela jovem, notando que havia alguém observando, saiu correndo sem sequer olhar para trás.
O camponês, então, abalado, pegou a água do rio e voltou para casa, sem nunca parar de pensar no ocorrido. Chegando no seu destino, descobriu que seu patrão já estava acordado esperando-o. O velho, então, olhou diretamente nos seus olhos, lhe disse: “Algo de diferente aconteceu durante seu percurso. O que houve?”. Lanru contou calmamente toda a história com poucas esperanças de que o senhor lhe ajudasse de algum modo, mas foi pego de surpresa quando Nalue sorriu e disse que conhecia a moça. Ela se chamava Harzea e era filha de um nobre, o qual possuía uma imensa maldade no seu coração, e que sua mãe tinha sido misteriosamente assassinada, aparentemente, pelo próprio marido. Não era à toa, com sua bondade, a pobre menina vivia sempre triste e longe de casa, da exploração de seu pai com ela.
Lanru deslizou na cadeira, pensava que nunca ia conquistar a dama, ele era pobre, o nobre tão amargo nunca iria dar a mão de sua filha a ele, e talvez não conseguisse nem mesmo suprir todas as necessidades as quais ela tanto merecia de um homem. O senhor, então, vendo todos os conflitos presente no rapaz lhe deu uma sugestão e, ao mesmo tempo, uma proposta: “Você não sabe, mas sou um mago. Vou contigo até o pai da mocinha e vou sugerir a ele, que para você casar com ela, você tem que cumprir 3 desafios os quais deve ser realizados dentro de 3 dias, caso você não consiga você o servirá eternamente e no que ele quiser. Mas não se angustie, eu vou te ajudar em tudo que puder.”
O moço concordou, e os dois foram para a casa do nobre. O homem ouviu atentamente a reposta e mandou buscar a sua filha. Quando a jovem veio, viu o rapaz longamente como visse sua alma, assentindo logo em seguida com o trato. Como era linda e, ao mesmo tempo, parecia estar engolida por tristezas. O pai ambicioso olhou para Lanru, em seguida, pedindo: 1) para torna-lo rei; 2) para arranja-lhe uma mulher; e 3) para banha-lo de ouro. Lanru saiu do casarão desamparado, o mago, porém não estava nem um pouco intimidado.
Nalue, disse que para cumprir as exigências o camponês devia arranjar uma carroça, dois cavalos e 9gotas de seu próprio sangue. O rapaz demorou 1 dia inteiro sem dormir, mas em troca de seu trabalho manual e sua famosa bondade conseguiu tanto os cavalos como a carroça. Por fim, ele arranjou o vidrinho mais bonito e pingou suas gostas de sangue e entregou para o velho homem. Este falou que no dia seguinte ao anoitecer resolveria todo o resto, e assim fez.
Na cidade mais próxima tinha uma princesa extremamente rica, a qual precisava casar com um nobre para se tornar rainha, porém não queria de jeito maneira se comprometer ao casamento por medo. O bom mago a conhecia muito tempo, desde pequena, e a disse que tinha a solução de seus problemas. Arranjara um partido para ela, o qual para a mulher não viver para sempre com um sujeito talvez repleto de ruindade, na segunda noite, depois de casada, ela daria um chá preto para ele com todo esse sangue no vidrinho dentro. Se o homem sobrevive, era bom, caso contrário, ele iria enfrentar uma morte, aparentemente, natural. A dama aceitou.
     No outro dia todos os desejos do nobre estavam completados, casou com a princesa, virando rei e extremamente cheio de ouro. A sua filha, feliz, correu ao encontro de Lanru, lhe falou: “Eu sabia, ao ver seu belíssimo coração e seu olhar no rio, que era o amor de minha vida e que conseguiria cumprir o prometido e me salvar de meu pai.”. Por fim, Lanru, não contendo deu um beijou na boca de Harzea. No dia seguinte os dois jovens se casaram, enquanto era espalhado a noticia a qual informava que o rei da cidade próxima tinha morrido.

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